23 July 2011

A viagem de volta em carro

Na semana passada fiz a minha primeira viagem para vir passar as férias de Verao na terrinha desde que estamos nas Asturias.
Foi uma viagem diferente porque já cá nao vinha há uns meses e porque entrei pela fronteira de Vilar Formoso, a nossa fronteira mais concorrida e a mais usada pelos emigras que como eu vêm de carro para poupar nas viagens de aviao e trazer toda a tralha possível.

Admito que me senti muito feliz quando cruzei a fronteira e cheguei a trautear a mítica música do Dino Meira e ao mesmo tempo entender o porquê do êxito destes refroes tao simples, influenciado pela maioria de carros com matricula francesa que me acompanhavam. Nunca tinha sentido essa sensaçao tao emigrante e confesso que esse misto de saudade, dor de barriga e alegria criou um bom feeling para estas duas semanas de férias.



Mas vindo de carro podemos ser também confrontados com outra realidade portuguesa: somos péssimos conductores. Nao péssimos de azelhas mas péssimos de desrespeitadores, de chico espertice e de velocidade sem qualquer grau de consciência.
Motivados provavelmente pela potência dos seus carros, fruto do novo-riquismo triste e gabarolas que reina na sociedade wannabe, no momento em que entrei na A1 os meus 140 km/h passaram a velocidade de tartaruga e o único carro que consegui ultrapassar foi um Fiat Punto para aí de 1995... Isto depois de em Espanha à mesma velocidade ser eu o que destoava por rápido.

Nao e à toa que temos a fama que temos como conductores e eu, que de alguma maneira tentava desmistisficar essa fama em Espanha, dificilmente vou poder justificar outra sentença...

3 comments:

  1. Concordo plenamente.... e não sabem parar nas passadeiras... e, ainda, muito menos nas esquinas onde há peões a tentar atravessar...

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  2. Deixem-me acrescentar que quando um português até pára nas passadeiras, até os peões ficam na dúvida se é para passarem ou não. :)
    Já me aconteceu por várias vezes.

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  3. Em Angola tenho o consolo de saber que há piores que nós.

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